Loja demolida vira travessia de pedestre em Pinheiros

As obras de revitalização do largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste de SP), não só parecem intermináveis para os vizinhos como, nesta semana, transformaram a vida dos pedestres num inferno.

Os responsáveis pela obra criaram, no último sábado, um “túnel do terror”: um espaço que os pedestres têm que atravessar dentro de um prédio semidemolido.

As obras no largo da Batata começaram em 2008.

Segundo informou a prefeitura em 2010, a atual etapa de obras para construção de uma praça no cruzamento da avenida Brigadeiro Faria Lima com a rua Martim Carrasco deveria ter terminado em dezembro de 2011, o que não ocorreu.

Foi nesse cruzamento, a poucos metros da estação Faria Lima do metrô, que foi instalada a travessia de pedestres improvisada.

A passagem cheira fezes, pois moradores de rua dormem nela à noite. Está repleta de entulho e pedaços de concreto pendem de um buraco no teto. E não há outra opção para quem está a pé –a calçada está em obras.

Na parede azul, uma mensagem improvisada avisa aos pedestres: ‘Acesso’.

Para a farmacêutica Ana Lúcia da Silva Paiva, 34 anos, o jeito foi prender a respiração e ir.





“É um cheiro horrível e parece que vai desabar. À noite eu não passaria. Achei muito precário”.

No local da travessia funcionava uma loja de roupas de bebê, segundo Edilson Ferreira, 33 anos, que trabalha numa banca de jornal próxima.

Todo o quarteirão, famoso pelo comércio popular, foi desapropriado e está sendo demolido pela prefeitura dará lugar a uma praça.

Um dos operários que trabalha na reforma do largo da Batata disse acreditar que o prédio não oferece riscos. “A estrutura é forte.”

Resposta

Pedro Evangelista, diretor da SPObras, da prefeitura, disse ontem que pedirá “uma revisão e melhorias” nessa “passagem”, a fim de minimizar os transtornos vividos pelos pedestres que são obrigados a utilizar a travessia.

Quantos aos prazos para conclusão da revitalização do largo da Batata, Evangelista afirmou que as obras da praça ficaram para o primeiro semestre de 2013.

Segundo ele, não houve atraso, mas ‘talvez uma precipitação na divulgação’ do prazo anterior (dezembro de 2011).

Fonte: Agora São Paulo





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